Operação Lampião
O município alagoano é tido por historiadores como o ponto de partida da operação que vitimou Lampião. No dia 27 de julho de 1938, uma quarta-feira, o cangaceiro Pedro de Cândido foi fazer compras em uma feira na cidade. Os mantimentos seriam levados até a grota de Angicos, onde 33 cangaceiros e Lampião estavam acampados.
Desconfiado da quantidade de alimentos comprados pelo cangaceiro, o vaqueiro Joca Bernardes, homem que conhecia as atividades e as "más companhias" de Cândido, avisou a polícia. Os agentes teriam abordado e pressionado o cangaceiro a delatar o local onde seu líder descansava.
Paulo Toledo Piza/Folha Online |
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Trilha árida leva até a grota do Angico, local onde Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, e seu bando foram assassinados |
Após passear pelo centro histórico de Piranhas, onde se pode comprar artesanatos típicos e lembranças para a família nas lojas, o turista novamente embarca no catamarã e retoma viagem no São Francisco. Após alguns minutos observando a beleza do Velho Chico, chega-se a um atracadouro em Canindé de São Francisco.
De lá, segue-se a trilha que leva à grota. O caminho até o local da morte de Lampião é uma atração à parte: nos 700 metros de passeio, o turista depara-se com a caatinga, com suas árvores sem folhas e diversos cactos e encontra muitos animais silvestres, como calangos e saguis. A caminhada, porém, deve ser feita com o auxílio de guias especializados, pois, além de dar explicações valiosas sobre a vegetação e a história do local, eles garantem que o turista não se perca.
Após meia hora de caminhada em um terreno íngreme, sob o forte sol do sertão, chega-se até um declive. De cima, observa-se um pequeno vale onde jazem duas cruzes e uma placa. É a grota de Angicos, última parada de Lampião --e da rota do cangaço.
O jornalista PAULO TOLEDO PIZA viajou a convite do governo de Sergipe e da Aracaju Convention Visitors Bureau.